No sentido dos cinco sentidos.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

O Mar das Especiarias no Palácio da Independência


Na quinta-feira, 4 de Fevereiro, foi dia de apresentação do livro Mar das Especiarias - a viagem de um português pela Indonésia, de Joaquim Magalhães de Castro no Palácio da Independência, ao Largo de S. Domingos, em Lisboa.
Na sequência de sugestão do Miguel, tive oportunidade de assistir à referida apresentação e de conhecer o autor.

Magalhães de Castro enumerou as eventuais potencialidades interessantes que resultariam da promoção de iniciativas de investigação ao legado histórico-cultural dos portugueses resultante da epopeia marítima.
"Felizmente, mantêm-se laços de amizade entre pessoas de diferentes religiões, e em Kaitetu visitamos a casa de um amigo do nosso motorista que nos oferece chá, como é tradição, e nos acompanha à casa da família encarregada de guardar os dois capacetes de metal, considerados talismãs, de que nos tinham falado os residentes de Nova Hila. Estes capacetes, com plumas de ganso e a precisarem de uma escovadela, terão sido oferecidos pelos portugueses em 1523 a um líder local, o kapitan Tinkoling, numa altura em que eram cordiais as relações entre conquistados e autóctones."
in Magalhães de Castro, Joaquim - Mar das Especiarias. Ed. Presença, 2009. p. 168

Entusiasmadíssimo com as manifestações culturais e religiosas, patronímia e toponímia, língua e arquitectura de influência lusa com que teve oportunidade de contactar, mostrou - numa apresentação de data-show - inúmeras fotografias que captou. De tal forma se envolveu a relatar os momentos a que cada uma reportava que, pelas 20 horas, a assistência não acusava ainda vontade de ir jantar.

Momento para contactar com o jornalista, fotógrafo, investigador, escritor.

Tempo ainda para fotografar uma das entradas do Palácio que, apesar de bonito, estava muito frio e húmido, diga-se.
À saída, uma pancada de chuva encharcou os mais desprevenidos, como eu. A sorte é que o livro, esse, cabia na minha mala não tendo, assim, ficado com vestígio de pingo.
Já vai a meio a minha leitura do mesmo.

2 comentários:

Combustões disse...

Ainda bem que correu bem, mesmo com o frio, essa coisa terrível que na mansa Ásia do sudeste não existe.Há tanto por escrever a propósito dos portugueses nestas paragens que sinto um arrepio sempre que abro uma pasta de arquivo e saltam de imediato centos de documentos.

adsensum disse...

E estes dias tem estado ainda mais frio do que naquela data.
Nada que um revigorante chá quente não sane. Pelo menos temporariamente...
Correu realmente bem. Confirmei que o Joaquim é um entusiasta.