Televisão vejo pouquíssima. Quase nenhuma.
Ainda assim, de quando em vez, na busca de um canal com boa ou aceitável programação (RTP2, Mezzo) lá passo por alguns outros e apercebo-me da miserável qualidade destes.
Ultimamente, dei conta da emissão pela sic de um novo programa dedicado a viagens, apresentado por uma menina de nome Ana Rita Clara.
Trata-se, tanto quanto me pareceu, de incursões por cidades europeias.
A mocinha veste umas mini-saias, ela publicita uns restaurantezinhos da moda, pavoneia-se pelas avenidas de cabelos ao vento e - quase sempre - vai aos mercados. Às compras. E mostra a frutinha (da época), os espinafres (pois então), as verduras (tão fresquinhas), e comenta preços e tudo.
"Portobello Market
E o famoso mercado acontece por aqui. Fruta e legumes entre algumas peças de antiquário. A não perder!"
Pergunto: a menina, em Portugal, vai também ao mercado às compras?
Não há nada que mais me incomode do que a tendência para valorizar, lá fora, tudo o que é de origem e tradicional e, em Portugal, nada fazer pelo que é nosso.
Mas se a menina vai ao mercado e à mercearia e prescinde do "hiper" e do "shopping" está de parabéns.
Parece que a estou mesmo a ver no Bolhão ou, quiçá, no Forno do Tijolo: de cesto de vime nas mãos, a negociar o preço do chícharo e da pescadinha de rabo na boca. Envergando o último modelito da Fátima Lopes, claro.
Ainda assim, de quando em vez, na busca de um canal com boa ou aceitável programação (RTP2, Mezzo) lá passo por alguns outros e apercebo-me da miserável qualidade destes.
Ultimamente, dei conta da emissão pela sic de um novo programa dedicado a viagens, apresentado por uma menina de nome Ana Rita Clara.
Trata-se, tanto quanto me pareceu, de incursões por cidades europeias.
A mocinha veste umas mini-saias, ela publicita uns restaurantezinhos da moda, pavoneia-se pelas avenidas de cabelos ao vento e - quase sempre - vai aos mercados. Às compras. E mostra a frutinha (da época), os espinafres (pois então), as verduras (tão fresquinhas), e comenta preços e tudo.
"Portobello Market
E o famoso mercado acontece por aqui. Fruta e legumes entre algumas peças de antiquário. A não perder!"
Pergunto: a menina, em Portugal, vai também ao mercado às compras?
Não há nada que mais me incomode do que a tendência para valorizar, lá fora, tudo o que é de origem e tradicional e, em Portugal, nada fazer pelo que é nosso.
Mas se a menina vai ao mercado e à mercearia e prescinde do "hiper" e do "shopping" está de parabéns.
Parece que a estou mesmo a ver no Bolhão ou, quiçá, no Forno do Tijolo: de cesto de vime nas mãos, a negociar o preço do chícharo e da pescadinha de rabo na boca. Envergando o último modelito da Fátima Lopes, claro.
2 comentários:
Totalmente de acordo. Veja-se a indiferença com que os lisboetas assistem à destruição selvagem da arquitectura antiga da cidade, enquanto elogiam como lá fora se preservam os bairros antigos.
Estes comportamentos insuportáveis são amplamente promovidos pelos meios de comunicação social. É uma tristeza assistir a estas atitudes.
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